Novidades Fotoptica Nº 4 - 1955 Biblioteca de Fotografia do IMS

PÁGINA 15 VALORES DE LUZ Da. revista FOTOCAMARA (n. 95) Tradução de J. Carlos N. Oliveira Ao comentarmos as noticias que nos chegam sempre, temos que salientar desta fei ta. o novo modelo de obtura dor compur, com sua “ Licht- wertskala ” , ou seja, escala de valores de luz, ou o que po deriamos denominar ••Lumi nosidade do assunto a ser fo tografado ” . Cada numero de luminosi dade indica a quantidade de luz refletida pelo assunto. Quanto maior for esta quan tidade de luz, tanto mais al- t-o será o numero de lumino sidade, o valor da luz e em consequência, tanto mais re- du zi da será a exposição. Isto é , em verdade, a ex posição reduzida a sua melhor expressão. Tudo o que tem o fotografo a fazer, será deter minar a luminosidade do as sunto, usando um fotometro ou uma tabela pratica de ex posição e usar em seu obtu rador, esse mesmo valor, esta mesma luminosidade. A escala está compilada de tal modo que cada numero indica uma luminosidade du pla que a anterior metade da exposição) ou a metade du plo da exposição) da que segue. - Para trabalhos gerais. o sistema e bem pratico. E ’ pos sível utilizar-se valores inter mediários quando se necessi ta de maior precisão, por exemplo, quando trabalhamos com filmes coloridos. Porem, o que se passou com nossos velhos amigos, ou se jam: as velocidades do obtu rador e os diafragmas? O diafragma controla a in tensidade de luz que atraves sa a objetiva*, ao passo que a velocidade do obturador con trola o tempo durante o qual, a luz trabalha sobre a emul são do filme. O novo obturador Sincro- Compur. retem ambos os con troles. Sim, porque nos obtu radores antigos, tinhamos de determinar separadamente diafragma e velocidade, ao passo que o Síncro-Compur, -com os dois controles, traba lha de uma só vez, resolven do rapidamente o problema. Quanto a maquina, uma ex posição dada poderá ser uma das muitas combinações de obturador e diafragma, 1/125 co m f/2,8, 1/60 com f/4, 1 30 c om f, 5,6, etc. O mais difícil era a aceitação destas com binações. Agora, os valores de luz ter minaram com esta dificulda de. Ao mudarmos o obtura dor, o valor de luminosidade achado por fotometro ou por tabela de exposição, combina automaticamente o diafragma som. a velocidade do obtura dor já aceita de antemão pa ra se obter uma exposição correta. Porque as / velocidades de obturador e os diafragmas es tão automaticamente acopla das. A alteração de um deles, altera o outro, a fira de que a quantidade de luz que atra vessa a lente. seja o valor real da luminosidade , seja sempre constante e a exposi ção sempre a mesma. Por exemplo: si o fotome^ rro, ou tabela de exposições ou os nossos cálculos nos in dicaram para um objeto a ser fotografado, a luminosidade de 10, estando o obturador fi xado a 1'30 de segundos, ao fixarmos na escala de lumino sidade o numero 10, automa ticamente se acopla a veloci dade do obturador dc 1 30 com o diafragma f/5.6, que é uma das combinações da lu minosidade 10. Forem, si desejamos uma velocidade mais alta em vir tude do movimento produzido pelo assunto e colocamos a velocidade de obturador a 1/250 de segundos, o diafrag ma se modifica automatica mente a f/2, outra combina ção da luminosidade 10. E mais ainda, si desejamos uma profundidade focal maior e colocamos o diafragma a f 22, o obturador automatica mente .se modifica para 1/2 de segundos, também outra combinação da luminosidade 10. Em consequência, teremos agora que preocupar-nos mais com a profundidade de toco que realmente com obturador e diafragma. A maioria das fabricas ale mãs de fotometros, está pre parando um re-calibragem de seus produtos em unidades de luminosidade, de modos que, no futuro, bastará ajustar-se ao fotometro, a sensibilidade do material sensível que se va! usar e logo transpor a lu minosidade que o instrumen to indicar para o obturador diretamente. Será o mesmo que lêr hum telêmetro não acoplado, a distancia tomada e acertar a escala de distan cias da maquina fotográfica. Para dizer a verdade, não existe razão alguma para que não vejamos em breve, um fo tometro acoplado, como um telêmetro. O novo sistema é muito simples, tanto assim como quando se calculam as condi ções de luminosidade de um motivo. Um assunto corrente, com sol brilhante, poderá ter um valor de 12. Si 'é claro, use- se 13. Só é escuro, empre gue-se 11 ou 10. Em tais casos que não exis te fotometro, os cálculos se fazem mais fáceis porque não teremos de pensar em diafrag ma, velocidade, porem so mente em “ Valor de Luz ’ ', ••índice de Luz ” , “ de lumi nosidade ” ou como se queira denominar o ‘ •Valor de lumi nosidade ” . O mesmo acontecerá com os filtros. Si o assunto possue um índice de luz 12, um fil tro amarelo 2 X o converte para 11 e assim por diante . Para o amador principian te, será fácil adaptar-se ao novo obturador Sincro-Com- pur, porem o profissional, te rá “ dores de cabeça ” para acostumar-se a fazer menos calculas e terá também de abandonar suas •• velhas e in falíveis" tabelinhas de expo sições. Entretanto, não res ta duvidas que para todos, para amadores e profissionais, haverá uma grande redução de trabalho. Evidentemente, o sistema é surpreendentemente simples e pratico, e a noticia chega até nós como unia das maiores invenções para uma fotogra fia melhor. NOVIDADES FOTOPTICA ARTIGOS DA MARCA "D. F. 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