Revista Fotoptica Nº 40 - 1970 Biblioteca de Fotografia do IMS - Coleção Thomaz Farkas
A TECN I CA É IMPORTANTE continuação dos braços do atleta. Para realçar mais o primeiro plano, dese java eliminar o segundo plano. A preservação da figura do jo gador não tinha nenhuma importância para mim. Material usado: máquina Asahi Pentax, 35mm — lente 400 — f-5,6; velocidade 1/15; abertura do diafragma f-22; filtro de densidade neutro 2 X (um diafragma), de gelatina Kodak, cor tado e montado dentro da máquina, logo atrás do último ele mento da objetiva; filme Ektachrome X (64 ASA); revelação normal. Usei a objetiva de 400mm para obter dois resultados: isolar o assunto tratado e aumentar o movimento aparente do atleta. A tensão existente entre o primeiro e o segundo plano deve ser sempre — ou quase sempre — favorável ao primeiro plano. Usando a teleobjetiva (400 mm) e desfocando o segundo plano, diminuí-lhe o impacto e transformei-o em mero elemento de composição plástica do primeiro plano. Em relação ao movi mento do atleta, existe uma lei básica: o movimento aparente é diretamente proporcional ao tamanho da figura fotografada, mantendo-se o mesmo campo visual, isto é, quanto mais próxima a figura, maior a intensidade de seus movimentos. Para captar os círculos de luz, precisava de uma velocidade que não ultrapasasse 1/15 seg (ou talvez 1/8 seg), uma vez que pretendia impressionar a chapa com o máximo de tempo possível, para permitir o movimento quase completo das pernas do atleta. Com esta velocidade, necessitava de uma abertura f-32 ou até f-45 (o dia estava bastante luminoso) e a exposição prolongada poderia super-impressionar a chapa. Como estas aber turas não são possíveis com a lente de 400mm da Asahi Pentax, foi preciso colocar um filtro de densidade neutro, que diminui em 1 diafragma a abertura da lente. E fiz mais: para eliminar qualquer possibilidade de reflexos secundários (existe o perigo de êles aparecerem quando colocamos o filtro diretamente na frente da lente), usei-o junto à rôsca de trás, na frente da cor tina, fixando-o com fita adesiva dos lados do corpo da objetiva. Como desejei um contraste real das côres, usei um filme de pigmento super-forte, pois nos filmes comuns, quando fotogra famos algo em movimento, as côres se diluem, tornam-se mais fracas. A mesma razão determinou que eu escolhesse a revela ção normal (dá maior contraste). SEGUNDA EXPERIÊNCIA: uma cidade que voa A idéia era fazer uma fotografia normal, parada, da cidade à noite. Por acaso, porém, em consequência de um movimento inesperado da alavanca do tripé onde estava fixada a máquina, depois de um certo tempo de exposição, obtive o efeito da cida de “ voando ” . Material usado: Máquina Nikon F; objetiva Cadiatropic 500mm — f-8; exposição, 30 seg; filme Kodak infra-vermelho Aero Ektachrome, considerado com 100 ASA; filtro Y-48 Ni kon, atrás da lente; a máquina estava fixada num tripé pesado (Linhof). O acaso veio provar uma coisa importante em fotografia. Tôdas as composições que necessitam de complicadas operações para serem obtidas (muitos truques), além de um bom conheci mento técnico, dependem muitas vêzes da sorte. Isto é, uma idéia determinada, para ser repetida, precisa da repetição das condições anteriores. O que aconteceu nesta minha foto, foi que, sem querer, consegui um efeito genial. Para repetir isso serei m |gi FX* a camera programada j para não e rrar nunca. TROPICAL LTDA. OLYMPUS ~ 35 EC a câmera eletrônica mais compacta do mundo.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NjEwNjAz