Revista Fotoptica Nº 41 - 1970 Biblioteca de Fotografia do IMS - Coleção Thomaz Farkas

SONY TAPE DECK MINI CASSETTE TC-125 - Anúncio Publicitá SONY - Anúncio Publicitário Distribuidor exclusivo para o Brasil : T. Tanaka & Cia. Ltda. Anúncio Publicitário POR FALTA DE FIDELIDADE VAMOS OUVIR A QUINTA BATUCADA DE BEETHOVEN continuação acompanhadas sempre de muitas freqüências harmônicas, com ­ preender-se-á porque a reprodução perfeita de uma música exige aparêlhos capazes de “ trabalhar ” com extrema precisão e fide ­ lidade em tôda a extensão de um campo de freqüências que pode ser calculado entre 20 e 20.000 hertz. Naturalmente será ne ­ cessário respeitar integralmente também a amplidão dos sons originais, dos “ pianíssimos ” ou “ fortíssimos ” . Vamos tentar agora definir as características técnicas e os re ­ quisitos dos elemen t os que compõem um aparelho de alta fide ­ lidade para reprodução de música gravada em discos. Isto é, o prato, a agulha, o amplificador e o alto-falante, deixando de lado, por enquanto, a questão da estereofonia. É claro que é absolutamente necessário que o disco seja de alta fidelidade. Não há aparelho, por mais perfeito, capaz de dar bons resultados de audição se o ponto de partida é um disco de qualidade inferior. No que diz respeito ao prato, para evitar qualquer causa pos ­ sível de distorções, vibrações, flutuações etc., é indispensável que a velocidade de rotação do disco seja mantida perfeitamente constante no valor fixo pré-estabelecido (por exemplo, 33 1/3 rotações por minuto). As técnicas de numerosos fabricantes para atingir êsse nível são: prato com uma notável massa de inércia, isto é, muito pesado e bem balanceado, girando num plano exa ­ tamente horizontal, controlável com nível a bola-de-ar. Além disso, motor elétrico de boa potência suspenso el a sticamente, com um dispositivo para regular a velocidade e outro para evitar a fuga de fluxos magnéticos. Outros fabricantes obtêm veloci ­ dade de rotação constante e estável através de pequenos mo t ores especiais, controlados por circuitos eletrônicos, transistorizados. Passando à agulha, os principais elementos técnicos que a ca ­ racterizam para o emprêgo em alta fidelidade são: 1) braço bem equilibrado com dispositivo para regular a levíssima pressão que a agulha deve fazer sôbre o sulco do disco e dispositivo para freiar automaticamente as delicadas operações de abaixar e le ­ vantar o braço: 2) agulha fonoreveladora de tipo magnético com ponta de diamente muito delicada e com todos os elementos ne ­ cessários para que ela possa mover-se e vibrar seguindo fiel ­ mente tôdas as ondulações gravadas no disco, de modo que na agulha seja produzida uma tensão elétrica de forma exatamente corresponden ‘ es às mesmas ondulações em tôda a gama de fre ­ qüências necessárias para alta fidelidade; 3) dispositivo de regu ­ lação para evitar que a extremidade do braço, no seu contínuo movimento de aproximação do centro do disco, tome um movi ­ mento centrípeto que levaria a agulha a pressionar mais a face interna do sulco, coisa muito importante para a estereofonia. O aparêlho chamado “ amplificador ” é aquêle que, como diz o nome, recebe a tensão elétrica variável que sai da agulha e lhe dá uma potência cada vez maior através de seus numerosos circuitos até chegar a um nível de potência elétrica conside ­ rada suficiente para alimentar os alto-falantes que deverão trans ­ formar a energia elétrica em energia acústica, is'o é, em ondas sonoras. Também aqui, o problema é conseguir que o amplifi ­ cador permaneça sempre fiel à sua tarefa, qualquer que seja a freqüência do sinal que entra, em todo o campo das freqüências musicais. Um amplificador absolutamente perfeito é pr a ticamente im ­ possível. A isso se opõem tanto motivos técnicos quanto econô ­ micos. Encontram-se, porém, no mercado, aparêlhos aos quais pode ser atribuída a qualificação efetiva de alta-fidelidade por ­ que suas características afastam-se muito pouco das característi ­ cas do utópico amplificador perfeito. São aparelhos com nume ­ rosos aperfeiçoamentos técnicos — dispositivo de controle, com ­ pensação, filtragem etc. Os principais elementos para se definir o nível de qualidade de um amplificador, além de sua potência elétrica, são: a ampli ­ dão de escalas das freqüências acústicas amplificáveis; a lineari ­ dade de resposta (isto é, a uniformidade de ampliação); a pos ­ sibilidade de introduzir distorções; e a proporção entre sinal e barulho. É necessário levar em conta que, na prática, qualquer um dês ­ ses elementos está ligado aos outros, e que só se pode julgar a qualidade de um amplificador considerando globalmente todos os dados fornecidos pelo fabricante. Um exemplo: não se pode julgar a possibilidade de distorção se não se sabe qual a potên ­ cia, a amplidão da escala de freqüências amplificadas etc. O de ­ feito em uma “ resposta linear ” é expresso normalmente em de-

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