Revista Fotoptica Nº 44 - 1970 Biblioteca de Fotografia do IMS - Coleção Thomaz Farkas
N OVA S OS LANÇAMENTOS ESPETACULARES DA NIKON NA PHOTOKINA 70, A A SAHI COM SUA NOVA 6 x 7, AS NOVIDADES DA HASSELBLAD. AS LENTES DA AMERICAN OPTICAL PARA CATARATA, A SIMPLICIDADE DO NÔVO GRAVADOR VARIOCORD. Novas lentes da Nikon A nova lente ôlho-de-peixe A Nikon acaba de anunciar lança mentos espetaculares na Photokina 70, de Colônia, Alemanha. E certamente sairá de 1970 bem colocada na cor rida contra suas duas mais diretas rivais — a Leica e a Zeiss Contarex — a não ser que elas também anun ciem lançamentos tão importantes como os da Nikon: 1 — o mais sensacional é uma lente grande angular de 15 mm: a distância focal mais curta até agora para uma grande angular normal, isto é, que não seja ôlho-de-peixe. A Zeiss tinha lançado há pouco, com muita publicidade, uma máquina especial — a Hologon Ultrawide — com uma lente só, de 15 mm, fixa no corpo e de foco fixo, capaz de fotografar sem distorção objetos de 8 m de altu ra por 12 de largura, a 5 metros de distância. A lente Nikon, porém, tem o mesmo ângulo de visão — 110 graus — , pode ser acoplada a qual quer corpo do sistema, permite ajuste de foco e é sensivelmente mais lumi nosa (f/ 5,6 — enquanto a da Zeiss é de f/8 ou até f/16, caso seja ne cessário usar o filtro especial para reduzir a queda de luminosidade nos cantos das fotos). Falta saber se os preços da Nikon, ainda desconheci dos para colocação no mercado, po derão competir com os da Zeiss: a Hologon Ultrawide custa Cr$ .... 6.555,00. 2 — outro impacto Nikon na Pho tokina: lente com 28 mm de com primento focal, uma das mais usadas por amadores e profissionais. Só que a luminosidade desta é f/2; talvez seja a mais luminosa lente já conse guida no gênero. Aceita foco até 30 cm e filtros de 52 mm, o diâmetro comum das lentes Nikon, o que faci lita bastante a vida do fotógrafo. A corrida para lentes sempre mais lu minosas faz com que o diâmetro vá aumentando e exige, a cada aumento, um nôvo (e caro) jôgo de filtros. A Nikon, porém, sempre que possível mantém o diâmetro de 52 ou 72 mm para quase todas as lentes à venda. 3 — uma lente de 400 mm f/5,6 — comprimento focal e abertura co muns. A novidade: pêso e tamanho reduzidos (agora com 1,4 kg, 26 cm de comprimento e 8,5 cm de diâme tro). Levando em conta os dados e a abertura (5,6) esta lente deve ser con siderada bem luminosa. As telelentes de espelho Nikon, de tamanho redu zido, são bem aceitas; mas as de tipo normal (de diafragma) são mais po pulares, porque as de espelho (tipo cadiotropic) têm problemas de pro fundidade de campo e de funciona mento sob condições de grande lu minosidade de ambiente. Esta, recém- lançada na Photokina, de diafragma inteiramente automático certamente será bem recebida também. Distância mínima de focalização 5 m; aberturas f/5,6 — f/32. 4 — foram lançadas as lentes 35 mm f/1,4 e 180 mm f/2.8 (v. No vidades Fotóptica n.° 41), do mesmo tipo da Leica; diafragmas automáti cos, distância mínima de focalização de 30 cm no caso da lente de 35 mm, e de 1,8 m para a de 180 mm. 5 — foi melhorada a lente zoom de 200 até 600 mm f/9,5 — lançada algum tempo atrás e popular entre fotógrafos-jornalistas. A abertura má xima, que antes diminuía conforme era ampliado o comprimento focal (até f/10,5), agora permanece em 9,5 através de todo o alcance do zoom. Tamanho e pêso foram reduzidos para 38,2 cm e 2,3 kg. O mais im portante, talvez, do ponto de vista profissional, é que focalização e zoom, agora, são comandados num só anel. Antes, era preciso executar o zoom com um anel, e depois usar outro para qualquer mudança de foco; a operação era lenta e incon veniente para uma lente relativamen te grande, sujeita aos problemas co muns de vibração, que exige mãos firmes e poucas mudanças de posi ção. O diafragma é automático, mas a luminosidade não permite acopla mento direto ao fotômetro tipo Tn; é necessário medir a luz pelo sistema stop-down (isto é, não é possível me dir a luz com diafragma sempre aber to ao máximo, sistema normal da fa bricante). Distância mínima de foca lização 4 m, um dado excelente. 6 — um lançamento para fotogra fia científico-meteorológica: uma no va ôlho-de-peixe de ângulo 220 graus, abertura f/2,8. O ângulo de mais de metade do círculo completo permite que a máquina quase veja o que está atrás dela; e a abertura 2,8 é extre mamente luminosa. Assim como a ôlho-de-peixe anterior, de f/2,8 e 180 graus, esta permite visão direta mente através do visor, sem necessi dade de trancar o espelho — um avanço significativo para o fotógrafo. Os filtros são embutidos na lente (são seis) e podem ser mudados através de um anel especial. O grande tamanho do elemento frontal (23,5 cm de diâ metro) e o pêso (5,2 kg) impedem que esta lente possa ser usada na foto grafia comum. Abertura variável des de f/2,8 até f/22; distância mínima de focalização 25 cm. 7 — a supertele de 2.000 mm f/11, tipo espelho, vem melhorada, os controles mais convenientemente colocados. E agora pode ser montada de outro modo, um pouco parecido com o tipo “ garfo" de um telescópio, que permite maior facilidade ao usar no tripé. Ela é quase um telescópio mesmo: 2.000 mm de comprimento focal, 40 vêzes o aumento de uma lente de 50 mm. Pode ser considerada de tamanho grande, embora surpreen dentemente pequena para o que é: pesa 7,5 kg e tem 59,9 cm de com primento por 26,2 de diâmetro. Dis tância mínima de focalização 20 metros. 8 — uma lente zoom de 6 até 120 mm, para o cineasta de super-8; tem proporção de aproximação de 20:1, a maior disponível. Para uma idéia melhor, ela corresponde a uma lente zoom para máquinas de 35 mm, que iria dos 35 aos 700 mm. Aparente mente, conforme as primeiras notí cias fornecidas pelos fabricantes, esta lente pode ser acoplada a várias má quinas super-8, talvez até a máqui nas que não sejam Nikon. Apesar de sua espetacular proporção de 20:1, tem luminosidade bem grande: f/1,8. Novos acessórios foram acrescenta dos: telas de focalização, dispositivo para iluminar a agulha e velocidade do obturador, visto dentro da cabeça Photomic T, TN e FTN, à noite ou em condições de baixa luminosidade; e uma cabeça acionada a motor, para girar a máquina de filmagem super-8, quando faz o pan de um tripé. As telas são três, uma delas especial para microfotografia. Iluminador acoplá- ve! a qualquer cabeça Photomic; mui to útil, embora não esteja no nível do esplêndido sistema da Contarex. que providencia dentro do visor, ao mesmo tempo, o campo visual da foto, medida de luz, velocidade da cortina e abertura da lente — tudo iluminado. (Você nota que, sempre que possí vel, damos a distância mínima de fo calização das lentes, dado em geral pouco conhecido, e apenas fornecido rigorosamente por fabricantes crite riosos. O dado é importante. Tôda lente focaliza ao infinito; mas quando queremos um efeito especial, um re trato forte do rosto, um ângulo qual quer cobrindo campo visual de gran de profundidade, freqüentemente des cobrimos que nossa lente não conse gue focalizar o objeto que está mais próximo. Por exemplo: uma distân cia mínima de 1,8 m, para a lente de 180 mm, é um dado bom; indica que é possível obter na foto apenas um rosto, e nada mais. Nó entanto, para a mesma lente de 180 mm, se a distância mínima fôr 3 m, já seria difícil obter um rosto sem detalhes supérfluos ao fundo. Experimente com suas lentes, e você compreende rá o significado dêste dado.) Grande angular de 15 mm
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NjEwNjAz