Revista Fotoptica Nº 44 - 1970 Biblioteca de Fotografia do IMS - Coleção Thomaz Farkas

O impossível acontece CARTAS A Sony desmentiu a matemática. Fêz um gravador, o TC-330, que vale por seis. É gravador estereofônico de fita, é gravador estereofônico cassette. É deck. É centro de controle estereofônico. Reproduz música estereofônica da fita. Reproduz música estereofônica de cassette. Grava da fita para o cassette e vice-versa. Um gravador é uma aquisição valiosa - prefira SONY para comprar beml Distribuidores exclusivos para o Brasil t.tanaka &, cia.ltda -AnúncioPublicitário Aliás, o único projetor sonoro 8 e Super 8 mm disponível no mercado. V. pode filmar com qualquer câmara e depois sonorizar. Até mesmo os filmes antigos. Eumig é fácil de manejar. A modulação voz/música é automática ou manual. Lente “ zoom ” . Lâmpada halógena (muito mais brilho). Duas velocidades. A garota? Chama-se Suzy. Mas só pode ser encontrada em Viena. O projetor V. encontra aqui mesmo. Nas boas lojas de cine-ótica. PROJETORES SONOROS 8 e Super 8 mm A cidade dançando "Um dia, vi uma festa de rua; uma porção de gente pulando e dançando no meio da rua. E imaginei uma cena em que a própria cidade também 'dançasse'. Pensei então numa fotografia da ‘ cidade dançando'. Isso seria possível?" — ACM/Sâo Paulo. Seria, se é que entendemos exatamente o que você quer dizer por “ dançando ” . Imaginamos, porém, que você queria fazer uma foto apresentando a cidade como se ela estivesse se mexendo. Várias experiências dêsse tipo são possíveis, desde que sua máquina tenha obturador e diafragma ajustáveis. Para começar, você terá que fazer a fotografia com o obturador ajustado nas velocidades mais lentas da máquina: 1/4, 1/2 ou 1 segundo. Normalmente, a não ser nos casos de profissionais de muita prática, estas velocidades não são utilizáveis com a máquina na mão, porque a foto sairia tremida. Mas como é justamente isso que queremos, não há problema. Cal ­ culemos então a exposição. Sendo de dia, uma exposição normal para um filme como o Agfachrome, por exemplo, seria de 1/125 e f/11. Para diminuir a velocidade do obturador, você vai ter que fechar o diafragma ao máximo. Mas se êsse máximo é f/22, a velo ­ cidade tem de ser 1/30, ainda longe de 1/4 ou 1/2 segundo. Do contrário, a foto ficará superexposta. Você precisa então utilizar um filtro de densidade neutra para diminuir a luz admitida pela máquina. Êsses filtros são de vários tipos, cada um designado por um número. Os números correspondem à quantidade de luz que êles reduzem. Para fotografar, você terá que prender o filtro sôbre a lente de alguma maneira... Êle deve ser cortado na forma e tamanho da parte dianteira da lente e prêso com pedacinhos de durex (pedimos desculpas aos srs. mais experientes, cujas revistas devem estar tremendo nas mãos ao ouvirem falar em prender filtros com durex), colocados de tal modo que não entrem muito na área do filtro e distorçam a foto. O filtro, que é de gelatina e não muito rígido, deve ficar plano e não curvado na frente da objetiva. Tomando a máquina na mão, comece a fotografar movimentando-a durante a exposição. Isto é, ao apertar o botão de disparo e ouvindo o som do obturador durante 1/2 segundo, mexa a máquina no sentido e com a velocidade que quiser. Seus movimentos ficarão gravados no filme como se fôssem movimentos da cidade. Para a obtenção de bons resultados, é preciso muita prática. No início, talvez você movimente com rapidez demais. Nesse caso, só apa ­ recerão manchas no filme. Gaste vários filmes e faça muitas expe ­ riências. Ê preciso dizer que êste tipo de foto quase sempre sai melhor em côres do que em prêto e branco, o que encarece um pouco a brincadeira. Mas vale a pena. Não é preciso dizer que o filtro não é necessário à noite, quando os movimentos da máquina contra as luzes da cidade produzirão efeitos muito interessantes. Procure lugares iluminados com muitos cartazes de néon, faróis etc., e vá lá. Experimente várias aberturas de diafragma, mas sempre com velocidades bem lentas. Tanto dc dia como de noite, você pode também colocar a máquina num tripé, para fazer movimentos mais controlados, deliberados, e menos trêmulos. As lentes da deformação "Profissionais se esmeram na ‘ deformação ’ de certos assuntos. Como num quadro de Portinari, nessas fotos ora são os pés apare ­ cendo maiores que o corpo, ora são as mãos. Precisam apenas de uma lente especial?" — GR/São Paulo. Há muitas deformações possíveis. Temos impressão, porém, que você se refere às deformações criadas pelas lentes ultragrande angu ­ lares, quando usadas perto do corpo humano. Neste caso (falamos de lentes de comprimento focal de 25 mm ou menos), o tamanho aparente de uma forma que está perto da lente fica enormemente exagerado em comparação com as formas um pouco mais distantes. Ê só o caso de ter uma lente destas e escolher o ângulo. Para a escolha exata, é importante que a máquina seja do tipo reflex, com a qual se pode ter a visão direta dos efeitos criados pela lente. Fotografar de avião "Numa viagem de avião à Amazônia, quis fotografar a selva do alto. Mas não me arrisquei com receio de perder o filme. Qual é a relação que deve ser estabelecida entre a velocidade do avião e a da máquina?" — MMG/São Paulo. Seu n ome é Eumig. (o projetor, bem entendido) Anúncio Publicitário